Apesar de tudo que escrevi no Pensamentos Equivocados, gostei do filme, e se não leu ainda, leia.
É um filme consistente, como sempre bem dirigido (Tim Burton é fantástico, disso não tenho dúvidas apesar de algumas ressalvas), mas não é uma obra prima. Peca em determinados momentos como se eu8 sentisse algo estranho, a falta de algo, mas considerando que é baseado em uma peça de teatro, por sinal, um musical, não estranho a falta de elementos, mas não deixo de sentí-las. Incomoda? Não.
Ficha:
O filme possui duas tramas, uma delas é a vingança de Sweeney Todd, e a outra é a libertação de sua filha, que está nas mãos cruéis do mesmo homem que destruiu a vida e casamento do barbeiro. Começa bem, com o barbeiro sendo reconduzido a Londres depois de muito tempo de exílio (ou algo assim) por um jovem marinheiro que depois também se torna personagem da trama secundária.
Depois de encontrar-se com a que seria sua companheira durante o filme, a Sra. Lovett, ele inicia sua vingança matando uma pessoa que o reconhece, e depois disso tem a idéia de fazer tortas até o desenrolar previsível do filme, onde apenas escapam vivos o marinheiro a filha de Todd e o garotinho principal. Todos os demais ou morrem e viram tortas ou apenas viram tortas.
Para quem gosta de musicais, filmes no caso, é muito bom. E até para quem não curte também é. Ele nao exagera na dose forçando diálogos musicados o tempo todo, na verdade até evita e existem cenas inteiras sem nenhuma canção e até personagens que cantam pouco. Por sinal, percebe-se uma coisa interessante: a canção é resultado do humor dos personagens e não de seus atos.
Não entendeu?
O personagem não canta porque tem que estar cantando, como se cantar fosse algo coloquial e todo mundo fizesse. Canta quando há momento para isso, e você até percebe isso porque Tim Burton conseguiu colocar isso muito bem e de forma que você não se sente incomodado quando canções começam ou terminam, sente elas como parte do contexto e não como algo forçado. E isso faz uma enorme diferença.
Outra coisa que reparei é que Tim Burton mais uma vez utilizou e manipulou os efeitos especiais de forma a conseguir tornar a censura mais branda, e tudo isso apenas mudando a pigmentação do sangue. E há muito sangue, por sinal, em determinados pontos não fosse essa coloração o filme teria se tornado pior que muito filme de terror, principalmente porque lida com uma situação menos ficcional que outros: é um barbeiro degolando.
O sangue é vermelho claro, arrisco dizer que é quase rosa e caricato. O sangue esguicha, voa, acerta a câmera, as pessoas padecem tudo de modo tão, digamos, "ridículo" que ameniza de alguma forma. A parte mais violenta, no meu ver, é quando Todd pega uma pessoa - cujo nome omito. - e a espanca até a quase morte usando uma tina/panela ou algo assim (problemas citados no Pensamentos Equivocados me impediram de ver direito a cena).
A trama se desenrola bem e não se arrasta. A parte da loja cheia de pessoas comendo as tortas com "tempero especial" é nojenta pelo modo como é mostrada, mas não contém nada inapropriado. O mais engraçado é quando Sra. Lovett canta sobre o que planeja ao futuro, eu ao menos gargalhei muito em determinados pontos.
O final é previsível, dado o tema, e ninguém da trama principal se safa. Há uma quase surpresa no final que descepciona mais as pessoas que torcem por finais felizes e o final feliz que existe não é mostrado propositalmente. Quem está acostumado com finais completos até estranha, mas considerando que o tema principal é Todd e não o resto, fica mais fácil aceitar ou engolir.
Um musical bom, não peca por exagero e tem o traço visual que é característico de Tim Burton, até mesmo um de seus tradicionais bonecos (quem assiste aos filmes dele sabe que ele sempre coloca um) aparecem, mas de modo sucinto.
Vale a pena se ver, mas não esperem mais do que um musical mórbido. Mas se procuram por algo mais tradicional e menos inovador, escolham o filme Monstro de Blair, que estreou também esses dias.
E é um filme do tipo "amor ou ódio", ou você vai adorar ou vai odiar a ponto de abandonar a sala de projeção, como vi acontecer. E aconselho ter estômago, porque se for alguém que assiste o filme de forma que mistura com sua realidade, nunca mais irá ao barbeiro.
Se tivesse que dar uma nota, daria um 8,5. =D
É um filme consistente, como sempre bem dirigido (Tim Burton é fantástico, disso não tenho dúvidas apesar de algumas ressalvas), mas não é uma obra prima. Peca em determinados momentos como se eu8 sentisse algo estranho, a falta de algo, mas considerando que é baseado em uma peça de teatro, por sinal, um musical, não estranho a falta de elementos, mas não deixo de sentí-las. Incomoda? Não.
Ficha:
Nome: Sweeney Todd:Agora uma ressalva: Se reconhecem os nomes e os associam com Harry Potter e Piratas do Caribe, ou mesmo com Batman, esqueçam. Primeiro, é um musical, segundo não tem nem de perto a temática dos filmes que citei, se houver em comum - e apenas no caso de Batman. - a atmosfera mórbida, para por aí. Não assistam ou levem filhos, vão se arrepender se não se informarem muito bem antes.
O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (ano 2007)
Nome Original: SWEENEY TODD - The Demon Barber of Fleet Street
Página oficial: http://www.sweeneytoddmovie.com/
Direção: Tim Burton
Adaptado do musical: Stephen Sondheim
Elenco (os mais famosos apenas):Johnny Depp (Sweeney Todd) Helena Bonham Carter (Mrs. Lovett) Alan Rickman (Juiz Turpin) Timothy Spall (Beadle Bamford)
Deste ponto em diante contém além de opinião, informações sobre o filme que podem de certa forma estragar a surpresa. Se ainda assim quiser arriscar, sinta-se bem vindo, senão, escolha outro artigo e divirta-se.
O filme possui duas tramas, uma delas é a vingança de Sweeney Todd, e a outra é a libertação de sua filha, que está nas mãos cruéis do mesmo homem que destruiu a vida e casamento do barbeiro. Começa bem, com o barbeiro sendo reconduzido a Londres depois de muito tempo de exílio (ou algo assim) por um jovem marinheiro que depois também se torna personagem da trama secundária.
Depois de encontrar-se com a que seria sua companheira durante o filme, a Sra. Lovett, ele inicia sua vingança matando uma pessoa que o reconhece, e depois disso tem a idéia de fazer tortas até o desenrolar previsível do filme, onde apenas escapam vivos o marinheiro a filha de Todd e o garotinho principal. Todos os demais ou morrem e viram tortas ou apenas viram tortas.
Para quem gosta de musicais, filmes no caso, é muito bom. E até para quem não curte também é. Ele nao exagera na dose forçando diálogos musicados o tempo todo, na verdade até evita e existem cenas inteiras sem nenhuma canção e até personagens que cantam pouco. Por sinal, percebe-se uma coisa interessante: a canção é resultado do humor dos personagens e não de seus atos.
Não entendeu?
O personagem não canta porque tem que estar cantando, como se cantar fosse algo coloquial e todo mundo fizesse. Canta quando há momento para isso, e você até percebe isso porque Tim Burton conseguiu colocar isso muito bem e de forma que você não se sente incomodado quando canções começam ou terminam, sente elas como parte do contexto e não como algo forçado. E isso faz uma enorme diferença.
Outra coisa que reparei é que Tim Burton mais uma vez utilizou e manipulou os efeitos especiais de forma a conseguir tornar a censura mais branda, e tudo isso apenas mudando a pigmentação do sangue. E há muito sangue, por sinal, em determinados pontos não fosse essa coloração o filme teria se tornado pior que muito filme de terror, principalmente porque lida com uma situação menos ficcional que outros: é um barbeiro degolando.
O sangue é vermelho claro, arrisco dizer que é quase rosa e caricato. O sangue esguicha, voa, acerta a câmera, as pessoas padecem tudo de modo tão, digamos, "ridículo" que ameniza de alguma forma. A parte mais violenta, no meu ver, é quando Todd pega uma pessoa - cujo nome omito. - e a espanca até a quase morte usando uma tina/panela ou algo assim (problemas citados no Pensamentos Equivocados me impediram de ver direito a cena).
A trama se desenrola bem e não se arrasta. A parte da loja cheia de pessoas comendo as tortas com "tempero especial" é nojenta pelo modo como é mostrada, mas não contém nada inapropriado. O mais engraçado é quando Sra. Lovett canta sobre o que planeja ao futuro, eu ao menos gargalhei muito em determinados pontos.
O final é previsível, dado o tema, e ninguém da trama principal se safa. Há uma quase surpresa no final que descepciona mais as pessoas que torcem por finais felizes e o final feliz que existe não é mostrado propositalmente. Quem está acostumado com finais completos até estranha, mas considerando que o tema principal é Todd e não o resto, fica mais fácil aceitar ou engolir.
Um musical bom, não peca por exagero e tem o traço visual que é característico de Tim Burton, até mesmo um de seus tradicionais bonecos (quem assiste aos filmes dele sabe que ele sempre coloca um) aparecem, mas de modo sucinto.
Vale a pena se ver, mas não esperem mais do que um musical mórbido. Mas se procuram por algo mais tradicional e menos inovador, escolham o filme Monstro de Blair, que estreou também esses dias.
E é um filme do tipo "amor ou ódio", ou você vai adorar ou vai odiar a ponto de abandonar a sala de projeção, como vi acontecer. E aconselho ter estômago, porque se for alguém que assiste o filme de forma que mistura com sua realidade, nunca mais irá ao barbeiro.
Se tivesse que dar uma nota, daria um 8,5. =D
6 comentários:
Parece interessante, mas como é um musical eu tô fora!
Haha, na minha sessão também teve gente pulando fora no meio. Devem ter esperado que era uma coisa e descobriram outra.
Ahá,somos chatos msm *me refiro ao post do outro blog*,mais acho que me encaixo no quesito "fã",só vou ao cinema assistir HP,ou algum filme de um ator legal..
=D
Gostei desse e do outro blog!!
o/
Nem sabia que esse filme já tinha saído aqui,estreio qnd?
x]
=**
cara
eu tbm ñ curto filme musical
mas pelo oq li
vale a pena
um dia de bobera sem nada pra ver
ta uma coisa
ver esse filme ai
parece q tem bastante a oferecer ao publico
flw
Antes de ler todoo este post, eu tinha vontade de ver o fime tao somente por Jonny Deep, mas agora que você vai colocando cada curiosidade do filme em evidência, eu de fato quero ver!!
Nao gosto muito de filmes musicais, mas com esse sangue caricado...esse barbeiro assassino, essas tortas especiais...hum vou ecarar!
Um abraço, tô so passando...
excelente esse musical
muito bom mesmo.
parabens pelo blog esta bem organizado e textos bons!!
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