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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

[Crítica] Cloverfield.


Obviamente esse texto contém comentários sobre partes do filme que se não assistiram, podem estragar alguma surpresa... Ou apenas atiçar a curiosidade.

Ficha:
Nome Original:
- Cloverfield
Direção:
- Matt Reeves
Roteiro:
- Drew Goddard
Elenco:
- Michael Stahl-David é Robert Hawkins
- T. J. Miller é Hudson "Hud" Platt (o personagem que filma, diga-se de passagem)
- Jessica Lucas é Lily Ford
- Odette Yustman é Elizabeth "Beth" McIntyre
- Lizzy Caplan é Marlena Diamond
- Mike Vogel é Jason Hawkins
Sinopse:
Cinco jovens novaiorquinos dão uma festa de despedida para um amigo na noite em que um monstro do tamanho de um arranha-céu ataca a cidade. Contado do ponto de vista da câmera de vídeo deles, o filme é um documento de suas tentativas de sobreviver ao mais surreal e aterrorizador evento de suas vidas.
Estréia:
- 08/02/2008 (Brasil)
Onde vi:
- Sala 3 da Rede de Cinemas Kinoplex (Severiano Ribeiro) Tijuca Shopping, Rio de Janeiro - RJ, poltronas H09 até H11
Testemunhas:
- Eu;
- Minha esposa;
- Meu cunhado.
Incidentes:
- Pipoca de graça;
- Silêncio.


Ontem me deparei com minhas próprias expectativas ruins, motivadas por minha péssima e descepcionante experiência com o filme Bruxa de Blair, cuja proposta de fazer um filme sob a perspectiva de quem filma, em primeira pessoa, me descepcionou. Até apelidei o filme de "Monstro de Blair".

Graças a deus de certa forma mordi a língua, ao menos um pouco.

O filme tem um ritmo frenético e o tempo todo há tensão nas cenas, mesmo quando começamos a perceber que o filme está acabando. Convém lembrar que desde o início sabe-se seu final. Mas seu mérito não está na tensão que causa, mas na forma como aquilo te envolve, como aos poucos você vai se sentindo como alguém que está realmente recebendo o relato de algumas pessoas que passaram pela péssima experiência de ver esse monstro.

Tudo começa com uma tela preta avisando que a fita foi encontrada entre os destroços do que antes era o Central Park. Ou seja, já se sabe o que acontece com quem filma. Nesse aspecto não há surpresa, a surpresa é como ocorre e, principalmente, ver como tudo acontece.

Depois começa a introdução da fita, quando Jason e sua namorada Lily decidem fazer uma festa de despedida para o irmão do primeiro, Robert. A festa deveria ser filmada por Jason mas esse passa a responsabilidade para seu amigo Hud, visando poder se divertir e porque não que tomar depoimentos dos amigos de Bob (como é chamado Robert) e sim se divertir. Nesse interim há um início onde aparece Bob e sua namorada Beth marcando uma viagem e do nada corta para a festa.

Durante a própria festa Hud descobre que a fita que está sendo usada na câmera é a mesma onde Robert gravou seus momentos felizes com Beth, explicando porque tudo muda de repente e porque na gravação anterior aparece a data e na posterior não. Hud, no tom mais "nascimento" da palavra é um fanfarrão e de posse da câmera comanda os momentos mais hilários da fita.

Por sinal, esse é um dos pontos, digamos, "fracos" (aspas propositais), da fita: apesar de tentar colocar sentimentos no filme, o diretor não consegue nos envolver tanto com tudo porque o próprio marketing viral se volta contra. Pois como o tempo todo esperamos algo súbito, fica-se tão alerta na cadeira que não dá para deixar-se envolver com o lado "veja o que ficou pra trás" de antes de tudo acontecer.

Provavelmente isso só acontece quando se vê uma segunda vez o filme, pois apesar de tudo que mostra, quase vinte minutos ou mais da produção, não consegui me envolver e nem mesmo minha esposa, que é emotiva em cinemas, chegou a deixar cair uma lágrima, ou seja, a tensão foi maior que qualquer coisa.

No ápice da festa, após uma conversa entre Robert, Hud e Jason, o que está de partida decide que vai conversar com sua amada antes de partir. É quando acontece o tradicional clichê do "você não vai conseguir", depois disso cabeças voam e a guerra começa.

É impressionante o modo como nos envolve e você até determinado momento chega a se misturar com a película, vendo perigos em cada esquina e a morte rondando a tudo e a todos até o final anunciado no início da fita, que ocorre de modo súbito, e com um pouco de sentimentalismo, mas que fica para trás. Claro, chega-se a torcer e aparentemente uma pessoa escapa, mas não fica certo isso, e lógico que não direi quem.

Depois o filme acaba e consta a lenda que depois dos intermináveis créditos existe uma propaganda do próximo filme... E que não tive paciência de esperar, apesar de ter tentado. Claro, considerando que quem produziu criou Lost, não é surpreendente. Mas algumas coisas são respondidas e outras não:
- O monstro aparece, e assusta.
- O monstro não está só.
- Não explica de onde veio nem nada.

Se vale a pena assistir? Vale. De modo algum lembra Bruxa de Blair exceto nos minutos finais, quando existe a fatídica cena da menina pedindo socorro chorando e escorrendo ranho pelo nariz. Eu quase gargalhei quando identifiquei a cena no cinema (e tinham me dito que não tinha nada parecido).

Uma curiosidade é que no final, quando sobem os créditos, toca uma música que me lembra os filmes japoneses de Godzilla (apenas os japoneses). Seria referência ao caminho que o montro de cloverfield está rumando? Tomara... Pelo menos imagino um embate entre Godzilla e essa criatura, mesmo que seja apenas esperança. =)

Você não?

Nota? Acho que um 8,0 está de bom tamanho.

Ele peca por ser mais um filme-seriado, onde respostas surgem para criarem dúvidas que serão sanadas nas seqüências e por aí vai...

Para quem não viu, eis o trailer:


domingo, 10 de fevereiro de 2008

[Cinema] Sweeney Todd - Vi e Gostei.


Apesar de tudo que escrevi no Pensamentos Equivocados, gostei do filme, e se não leu ainda, leia.

É um filme consistente, como sempre bem dirigido (Tim Burton é fantástico, disso não tenho dúvidas apesar de algumas ressalvas), mas não é uma obra prima. Peca em determinados momentos como se eu8 sentisse algo estranho, a falta de algo, mas considerando que é baseado em uma peça de teatro, por sinal, um musical, não estranho a falta de elementos, mas não deixo de sentí-las. Incomoda? Não.

Ficha:
Nome: Sweeney Todd:
O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (ano 2007)

Nome Original: SWEENEY TODD - The Demon Barber of Fleet Street
Página oficial: http://www.sweeneytoddmovie.com/
Direção: Tim Burton

Adaptado do musical: Stephen Sondheim

Elenco (os mais famosos apenas):
  • Johnny Depp (Sweeney Todd)
  • Helena Bonham Carter (Mrs. Lovett)
  • Alan Rickman (Juiz Turpin)
  • Timothy Spall (Beadle Bamford)

  • Agora uma ressalva: Se reconhecem os nomes e os associam com Harry Potter e Piratas do Caribe, ou mesmo com Batman, esqueçam. Primeiro, é um musical, segundo não tem nem de perto a temática dos filmes que citei, se houver em comum - e apenas no caso de Batman. - a atmosfera mórbida, para por aí. Não assistam ou levem filhos, vão se arrepender se não se informarem muito bem antes.

    Deste ponto em diante contém além de opinião, informações sobre o filme que podem de certa forma estragar a surpresa. Se ainda assim quiser arriscar, sinta-se bem vindo, senão, escolha outro artigo e divirta-se.

    O filme possui duas tramas, uma delas é a vingança de Sweeney Todd, e a outra é a libertação de sua filha, que está nas mãos cruéis do mesmo homem que destruiu a vida e casamento do barbeiro. Começa bem, com o barbeiro sendo reconduzido a Londres depois de muito tempo de exílio (ou algo assim) por um jovem marinheiro que depois também se torna personagem da trama secundária.

    Depois de encontrar-se com a que seria sua companheira durante o filme, a Sra. Lovett, ele inicia sua vingança matando uma pessoa que o reconhece, e depois disso tem a idéia de fazer tortas até o desenrolar previsível do filme, onde apenas escapam vivos o marinheiro a filha de Todd e o garotinho principal. Todos os demais ou morrem e viram tortas ou apenas viram tortas.

    Para quem gosta de musicais, filmes no caso, é muito bom. E até para quem não curte também é. Ele nao exagera na dose forçando diálogos musicados o tempo todo, na verdade até evita e existem cenas inteiras sem nenhuma canção e até personagens que cantam pouco. Por sinal, percebe-se uma coisa interessante: a canção é resultado do humor dos personagens e não de seus atos.


    Não entendeu?

    O personagem não canta porque tem que estar cantando, como se cantar fosse algo coloquial e todo mundo fizesse. Canta quando há momento para isso, e você até percebe isso porque Tim Burton conseguiu colocar isso muito bem e de forma que você não se sente incomodado quando canções começam ou terminam, sente elas como parte do contexto e não como algo forçado. E isso faz uma enorme diferença.

    Outra coisa que reparei é que Tim Burton mais uma vez utilizou e manipulou os efeitos especiais de forma a conseguir tornar a censura mais branda, e tudo isso apenas mudando a pigmentação do sangue. E há muito sangue, por sinal, em determinados pontos não fosse essa coloração o filme teria se tornado pior que muito filme de terror, principalmente porque lida com uma situação menos ficcional que outros: é um barbeiro degolando.

    O sangue é vermelho claro, arrisco dizer que é quase rosa e caricato. O sangue esguicha, voa, acerta a câmera, as pessoas padecem tudo de modo tão, digamos, "ridículo" que ameniza de alguma forma. A parte mais violenta, no meu ver, é quando Todd pega uma pessoa - cujo nome omito. - e a espanca até a quase morte usando uma tina/panela ou algo assim (problemas citados no Pensamentos Equivocados me impediram de ver direito a cena).

    A trama se desenrola bem e não se arrasta. A parte da loja cheia de pessoas comendo as tortas com "tempero especial" é nojenta pelo modo como é mostrada, mas não contém nada inapropriado. O mais engraçado é quando Sra. Lovett canta sobre o que planeja ao futuro, eu ao menos gargalhei muito em determinados pontos.

    O final é previsível, dado o tema, e ninguém da trama principal se safa. Há uma quase surpresa no final que descepciona mais as pessoas que torcem por finais felizes e o final feliz que existe não é mostrado propositalmente. Quem está acostumado com finais completos até estranha, mas considerando que o tema principal é Todd e não o resto, fica mais fácil aceitar ou engolir.

    Um musical bom, não peca por exagero e tem o traço visual que é característico de Tim Burton, até mesmo um de seus tradicionais bonecos (quem assiste aos filmes dele sabe que ele sempre coloca um) aparecem, mas de modo sucinto.

    Vale a pena se ver, mas não esperem mais do que um musical mórbido. Mas se procuram por algo mais tradicional e menos inovador, escolham o filme Monstro de Blair, que estreou também esses dias.

    E é um filme do tipo "amor ou ódio", ou você vai adorar ou vai odiar a ponto de abandonar a sala de projeção, como vi acontecer. E aconselho ter estômago, porque se for alguém que assiste o filme de forma que mistura com sua realidade, nunca mais irá ao barbeiro.

    Se tivesse que dar uma nota, daria um 8,5. =D

    terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

    [Cinema] Trailer do Filme do Homem de Ferro.



    Comentários:
    A qualidade gráfica do trailer está muito boa, mas sinto falta de uma coisa: história.

    Até o momento a única certeza que tenho é que teremos um dia das crianças com muitos bonecos das mais variadas armaduras do Homem-de-Ferro.

    Papais e mamães, preparem seus bolsos! \o/!

    sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

    Adeus Beto Carrero. =/



    É.....................

    Com pesar e uma estranheza que publico esse artigo... Para quem como eu quando criança um dia cantou a musiquinha do Beto Carrero ou sempre quis ir no Parque Beto Carrero, já era.

    Ele faleceu nas primeiras horas de hoje, durante uma cirurgia cardíaca, conforme li nos jornais...

    Deixa uma história de sucesso e sendo o único brasileiro a conseguir fazer um projeto de parque temático de sucesso e que ao partir deixa sua marca nos anais do entretenimento brasileiro. Lamento muito mesmo, pois esse ano planejava viajar para o parque e agora ficou meio chateado de noticiar isso.

    Sei que todo mundo morre um dia, mas é triste quando uma de nossas marcas da infância parte de forma tão brusca... =(

    Vai com Deus, cavalgar nas estrelas do céu... =/

    Fonte: O Globo.

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