Eu assisti Tropa de Elite no cinema.
Não é porque o diretor pediu, não é porque a imprensa disse que é certo, assisti porque no mínimo seria contraditório fazer qualquer tipo de comentário como os que surgiram vindo de pessoas que assistiram a cópia pirata ou baixada na internet. Não desmereço quem fez, não vou dizer ou entrar no mérito do "certo" ou "errado" disso, porque é algo completamente pessoal, e eu não vou puxar esse lado.
Mas, em um cenário onde a maior parte das pessoas que opina sobre o filme, ainda não o assistiu no cinema, é no mínimo contraditório entender determinadas posturas morais (ou amorais) quando essas fizeram exatamente aquilo que Cap. Nascimento fala: alimentaram a violência comprando cópias piratas, seja do Tropa de Elite 1, 2 ou um milhão do BBB.
Assisti o filme no cinema - e só por isso o comento, questão puramente pessoal. -, e não vi nenhuma diferença entre a versão que tenho em casa e a que passou no cinema, exceto no que diz respeito ao audio e ao acabamento entre um "capítulo" e outro. Sem esquecer a sensação de que quando o Cap. Nascimento fala que a violência só existe porque quem compra sustenta o crime, eu sei que nesse aspecto não me encaixo.
É um filme excepcional, coloca em evidência algo que no Brasil se costuma ter medo de idolatrar por causa da ditadura militar (e que para mim nada tem a ver... mesmo determinados problemas da polícia tendo origem histórica, mas isso é assunto do Pensamentos Equivocados, não daqui).
O filme conta a história de três policiais. Os amigos de infância e aspirantes a oficiais Matias e Neto, e o Capitão Nascimento. A história de ambos se cruzam quando Matias e Neto tentam salvar a vida de um PM que por engano envolvem num rolo e depois de salvos pela equipe do Cap. Nascimento, decidem fazer o curso do Bope. Em paralelo vemos a história de Matias que quer ser advogado mas vira PM, a de Neto que sempre quis ser herói, e a do Cap. Nascimento que quer sair do Bope porque se torna pai e está com Pãnico por medo de perder a vida e não ver seu filho crescer.
O final é seco, e o mais legal é que ao contrário da maioria dos filmes da safra atual, há uma vontade de mostrar a polícia como herói, mesmo sendo um anti-herói (e se você assiste 24 Horas ou qualquer Máquina Mortífera ou mesmo Robocop, e gosta, não venha dizer que o Cap. Nascimento é violento) e de brinde dá a realidade chocante em que está nossa sociedade.
Porém, apesar de ser campeão de polêmica e bilheteria, não é filme para disputar o Oscar, como muita gente disse quando "O Ano..." foi selecionado. Oscar gosta de demagogia, filmes de guerra que enfatizem o lado humano, épicos e/ou histórias tristes (ou a junção de tudo citado antes), realidade nua e crua não enche os olhos dos juízes.
Agora, se você não tem acesso a internet, ou melhor, se começou a acessar a internet semana passada e me encontrou pelo Google quando procurava a "Sandy Pelada", "Sexo com Animais", "Piadinhas do Costinha", "Ari Toledo", ou mesmo "Tropa de Elite Baixe Aqui", saiba que apesar de sua busca ser infrutífera - isso se você leu até aqui. - vale a pena continuar procurando, de preferência em uma locadora, pois o filme cumpre tudo aquilo que se propõe, e até mesmo existem interpretações que você vai ficar surpreso de encontrar se tiver mais que dois neurônios ativos.
Bom filme.
Nota? Um 9... Ele peca por faltar um final para determinadas situações, se você gosta de finais no estilo "preto no branco" ou "e agora? o que aconteceu?".
Não é porque o diretor pediu, não é porque a imprensa disse que é certo, assisti porque no mínimo seria contraditório fazer qualquer tipo de comentário como os que surgiram vindo de pessoas que assistiram a cópia pirata ou baixada na internet. Não desmereço quem fez, não vou dizer ou entrar no mérito do "certo" ou "errado" disso, porque é algo completamente pessoal, e eu não vou puxar esse lado.
Mas, em um cenário onde a maior parte das pessoas que opina sobre o filme, ainda não o assistiu no cinema, é no mínimo contraditório entender determinadas posturas morais (ou amorais) quando essas fizeram exatamente aquilo que Cap. Nascimento fala: alimentaram a violência comprando cópias piratas, seja do Tropa de Elite 1, 2 ou um milhão do BBB.
Assisti o filme no cinema - e só por isso o comento, questão puramente pessoal. -, e não vi nenhuma diferença entre a versão que tenho em casa e a que passou no cinema, exceto no que diz respeito ao audio e ao acabamento entre um "capítulo" e outro. Sem esquecer a sensação de que quando o Cap. Nascimento fala que a violência só existe porque quem compra sustenta o crime, eu sei que nesse aspecto não me encaixo.
É um filme excepcional, coloca em evidência algo que no Brasil se costuma ter medo de idolatrar por causa da ditadura militar (e que para mim nada tem a ver... mesmo determinados problemas da polícia tendo origem histórica, mas isso é assunto do Pensamentos Equivocados, não daqui).
O filme conta a história de três policiais. Os amigos de infância e aspirantes a oficiais Matias e Neto, e o Capitão Nascimento. A história de ambos se cruzam quando Matias e Neto tentam salvar a vida de um PM que por engano envolvem num rolo e depois de salvos pela equipe do Cap. Nascimento, decidem fazer o curso do Bope. Em paralelo vemos a história de Matias que quer ser advogado mas vira PM, a de Neto que sempre quis ser herói, e a do Cap. Nascimento que quer sair do Bope porque se torna pai e está com Pãnico por medo de perder a vida e não ver seu filho crescer.
O final é seco, e o mais legal é que ao contrário da maioria dos filmes da safra atual, há uma vontade de mostrar a polícia como herói, mesmo sendo um anti-herói (e se você assiste 24 Horas ou qualquer Máquina Mortífera ou mesmo Robocop, e gosta, não venha dizer que o Cap. Nascimento é violento) e de brinde dá a realidade chocante em que está nossa sociedade.
Porém, apesar de ser campeão de polêmica e bilheteria, não é filme para disputar o Oscar, como muita gente disse quando "O Ano..." foi selecionado. Oscar gosta de demagogia, filmes de guerra que enfatizem o lado humano, épicos e/ou histórias tristes (ou a junção de tudo citado antes), realidade nua e crua não enche os olhos dos juízes.
Agora, se você não tem acesso a internet, ou melhor, se começou a acessar a internet semana passada e me encontrou pelo Google quando procurava a "Sandy Pelada", "Sexo com Animais", "Piadinhas do Costinha", "Ari Toledo", ou mesmo "Tropa de Elite Baixe Aqui", saiba que apesar de sua busca ser infrutífera - isso se você leu até aqui. - vale a pena continuar procurando, de preferência em uma locadora, pois o filme cumpre tudo aquilo que se propõe, e até mesmo existem interpretações que você vai ficar surpreso de encontrar se tiver mais que dois neurônios ativos.
Bom filme.
Nota? Um 9... Ele peca por faltar um final para determinadas situações, se você gosta de finais no estilo "preto no branco" ou "e agora? o que aconteceu?".
13 comentários:
Cara eu ainda não vi Tropa de Elite.
Ganhei o Dvd quando estive aí,
Só que ando meio puto com tanta violecia...
E desgraças da terra que cesci , não me deram tezão para assistir.
Mas quem sabe quando deixar de ser tão massificado eu asista nééé!!!!!!!
[]s L.Sakssida
também fiz questão de ver no cinema. concordo com sua opinião. só que eu nem cheguei a assistir a cópia pirata (e já que vc disse q não ha diferenças, nem vou assisti-la)...
TROPA DE ELITE � UM FILME ESPETACULAR QUANDO MOSTRA O LADO DO POLICIAL E A RELA��O ENTRE USU�RIOS DE DROGAS E VIOL�NCIA. QUANDO CIDADE DE DEUS FOI LAN�ADO, N�O ME LEMBRO DE PESSOAS ACUSANDO O FILME E ESPECIALMENTE Z� PEQUENO DE VIOLENTO.
QUANTO AO OSCAR, A ESCOLHA DE "O ANO" FOI ACERTADA. TROPA DE ELITE DIFICILMENTE SERIA ESCOLHIDO PARA CONCORRER ENTRE OS CINCO.
FUI.
momento vergonha nacional..
eu ainda não assisti o filme...
mas como vc,muitas pessoas elogiaram..não posso opinar agora!
agora uma coisa eu acho..a questão do Oscar é mó mentira!é uma panelinha injusta,demagoga..
Sim, o Oscar é uma panelinha, que sempre premia os mesmos tipos de filme, variando ano a ano em um sorteio secreto.
A não ser que o diretor de "O Ano..." faça parte da panela, evidentemente que ele pode nem ser indicado.
Mas acho que será... Acho.
Eu assisti o filme,pirata,umas 15 vezes,e pretendo assistir no cinema,logo,preciso ver os minutos adicionados.
Apesar de ter visto tanta vezes o filme,talvez o filme brasileiro mais assistido seguidamente,é um filme bacana de assitir,como qualquer outra produção de ação,mas está bem longe de tentar concorrer ao um oscar,talvez ano que vem...O Ano que meus pais sairam de férias,é exatamente isso tudo que você disse,é disso que academia gosta,gostei muito da critica ,mas não estou muito inspirado para avaliar melhor.
Legal,esse teu blog novo,boa sorte nessa nova "fase".abração !
O filme é bacana, eu assisti o DVD pirata logo quando saiu e domingo passado fui no cinema.
Realmente não tem muita diferença.
Bela resenha.
Voltei aqui p/afalar de tropa Tropa de Elite,
Hoje no jornal Deutsche Welle saiu uma pequena nota sobre a repercussão polemica do filme Tropa de Elite.
Será indicado para a amostra do Urso de Prata.
A nota diz que o filme trata da guerrilha urbana estabelecida na cidade brazileira do Rio de Janeiro.Onde a violência é levada ao extremo do imaginário.
Destaque para o actor - Wagner Moura e o já premiado e o premiado diretor José Padilha
Só estou repassando uma notícia de jornal, mas ainda não vi o filme
rsssssss
[]s L.Sakssida
Assiti a muito já, fui um dos primeiros a ssiti na minha cidade, mas nunca tinha pensado dessa forma, sobre o que o capitão nascimento fala...
agora to arrependido...
Porra pq tu fez esse post? Agora to com peso na consciencia!
Desculpe mas passei correndo pelo teu texto por que não assisti ainda e não quero perder o encanto e a magia de se ver tamanha obra prima...
Obra prima feita a sangue, visceras e ator global, que não quer ser mais global... agora ele tem CATIGURIA... hehehe...
Mas é sério, não li sua critica por que quero assisti-lo primeiro, depois e volto.
Abraços.
Eu não posso comentar o filme. não assistir nem no cinema nem no piratex. apesar de meu irmão ter uma cópia disso.
Eu acho que o foco de discução do filme ficou muito voltada a violência policial e ao treinamento do Bope, mas pouco se falou da responsabilidade dos usuários de droga da classe média nisso tudo.
Um dos pontos altos do filme eu justamente achei o final, por ter um corte brusco. Pois assim mesmo é a vida desse pessoal. Terminado esse serviço, apaga tudo, porque muitos outros virão.
No caso do Baiano, o corte brusco simboliza a vida dele sendo, literalmente, decepada por um fuzil de grosso calibre.
É um filme que não deixa esperanças de que dias melhores virão. E também mostra que piorar é quase impossível.
Mais uma razão pra eu apoiar o simbolismo do corte brusco no final. Grande sacada do Padilha.
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