Google
 

sábado, 19 de abril de 2008

[Crítica] Jumper


Ficha do Filme:

Gênero: Tortura, Aventura, Ficção;
Duração: 88 min de sofrimento.
Produção: Twentieth Century-Fox Film Corporation, New Regency Pictures, Created By, Hypnotic, Regency Enterprises
Diretor: Doug Liman
Roteiro: David S. Goyer, Jim Uhls, Simon Kinberg, Steven Gould
Alguns do Elenco:
- Hayden Christensen, como Darth Vader Davey;
- Samuel L. Jackson, como Blade Cox;
- Rachel Bilson, como Millie;
- Jamie Bell, Griffin.
Sinopse:
Adolescente que não suporta mais o pai abusivo descobre inesperadamente que possui uma anomalia genética que lhe dá poderes de teletransporte, podendo viajar de um lugar para o outro apenas com o poder da mente. Assim ele usa sua habilidade para procurar o homem que, ele acredita, foi o responsável pela morte de sua mãe. Ocorre que seu dom logo é descoberto por uma agência secreta do governo, que sabe da existência de outro menino com o mesmo poder.
Testemunhas ou vítimas:
- Eu,
- Esposa,
- Pai,
- Irmão;
- Irmã.


Como sempre digo, essa crítica pode conter fatos que ocorram no fílme, logo, se quiser ler até o final o risco não é meu...

Antes de pensar em assistir esse filme nos cinemas, primeiro deve desconsiderar o trailer (colocado no final da crítica). Tudo bem que todos sabemos que trailers são a junção das melhores cenas de um filme ou daquelas que segundo as ditribuidoras podem vir a atrair mais clientes, mas esse é daqueles casos onde quem assistir o trailer vai se descepcionar. Outra dica é que devem deixar seus neurônios em casa ou qualquer tipo de espectativa, no máximo de que assistirão um "Volta ao Mundo em Dez Pulinhos" de Sessão da Tarde, quem sabe assim possa valer a pena o dinheiro investido.

Tudo começa quando Davey Vader é adolecente e entrega a sua candidata a namorada, Millie, uma esfera de neve (aquele brinquedo típico americano de uma bola de vrio transparente com água, uma miniatura dentro e flocos de plástico imitando neve). O amigo, mas não tão amigo, dele - o tradicional valentão da escola dos filmes - pega o brinquedo das mãos da Millie e o joga no lago congelado perto de sei lá aonde (o momento parece ser durante a escola, mas onde exatamente não entendi).

Davey Vader corre até o lago, com a prudência que ele demonstra durante o filme todo, e pega a bola. No mesmo momento o chão de gelo do lago se quebra e ele afunda. Só não vira parte integrante de copo de Whiscky porque no meio do desespero vira um jumper e aparece no meio da escola... Pronto esse é o início do filme, tudo isso com uma narrativa no padrão Peter Parker em Homem-Aranha(s) onde ele diz que sua vida é isso e aquilo e contando de onde começou.

Depois disso mostra como Davey Vader é uma pessoa que vive honestamente de seu dinheiro roubado: assaltando bancos, viajando pelo mundo e vivendo uma vida de rei com dinheiro dos outros, ou seja, não sendo exatamente uma pessoa exemplar. Sua vida é assim até que surge uma organização, traduzida como "Paladinos", com a liderança aparente de um negro de cabelos loiros Cox, interpretado por Samuel L. Jackson (pois isso também não fica claro, apesar de ficar claro sua patente superior, mas fica certo que ele é de algum grupo de pagode nas horas vagas, vide a cor do cabelo), que o persegue e o encontra com tanta facilidade que fica até estranho o filme em si.

A única diferença que existe o tempo todo entre um Jumper e um Paladino é nenhuma. Ambos agem a margem da lei, por sinal, fora dela em grande parte do tempo (assassinato e roubo são crimes) e o filme possui três momentos claros.

Primeiro é a luxúria, que acontece enquanto o Daqvey Vader vive honestamente de sua pilantragem e segue uma rotina de Madri de manhã, Inglaterra a tarde, França ao anoitecer e tomando até um lanchinho na cabeça da Esfinge. É um filme em determinadas partes se assemelha as propagandas de empresas de turismo tipo Stella Barros... Talvez seja no final das contas.

O segundo é constatação de que para Davey ser Vader precisa comer muito feijão com arroz. Isso porque quando o rapaz é descoberto pelos paladinos e recebe a primeira visita de Cox ele toma a atitude mais inteligente que se pode tomar em um filme: procura a família e começa a namorar. Entendam e percebam, desde que sumiu no dia que narrei lá em cima (depois do lago) ele nunca mais volta pra casa, vê a Millie ou qualquer outra coisa. Depois que o Cox invade sua casa a primeira coisa que Davey faz é voltar para a casa do pai e depois começa a namorar com a Millie.

É, enquanto algumas pessoas mais inteligentes costumam dar um tempo nas tramóias até a poeira esfriar, ao invés de sumir por um tempo até que o esqueçam (ele podia vir até para o Brasil, se quisesse) ele acrescenta a seu modo de vida uma mocinha indefesa. Clichê? Que isso... Claro que ele não diz a verdade, pelo menos enquanto não é necessário, e se você imagina que ela vai ser refém no final do filme, você não precisa mais assistir nada.

Nem mesmo quando surge a presença de um Jumper mais velho, Griffin, e diga-se de passagem menos burro, o Davey Anakin, porque Vader veste preto ao invés de aprender algo faz mais cagada. Davey em nenhum momento do filme procura se informar sobre sua condição, nem mesmo quando aparece um outro igual. Se bem que Griffin informa com a mesma boa vontade de um atendente no balcão do INSS.

Vamos aos pontos bons...


Os efeitos especiais valem a pena e são legais, mesmo porque não existe complexidade em teleportar (e não é bem mostrado o ponto de vista do jumper, apenas algo parecido e trêmulo que nem a câmera do Aqui & Agora). Não tem muito que entender, também não tem muito que explicar, tudo que se diz a respeito de Davey aparentemente tem começo-meio-fim, o que não quer dizer que outros elementos não tenham.

É um filme daqueles que você pode sair do cinema gostando e horas depois se questiona do que gostou e no dia seguinte está querendo queimar o ingresso quando se dá conta dos clichês. Vale a pipoca? Só se pagar meia e a meia for menor que R$10,00, incluindo a pipoca e o refrigerante. Se na sua cidade não possui cinema com esse preço, melhor esperar passar na TV.

Resumindo é um filme de início aberto e final ainda mais aberto. Tudo leva a crer que se não tiver uma continuação, provavelmente virá uma série (tem cara e jeito de episódio piloto). Mas não precisa não, é fraco o suficiente do jeito que está e provavelmente será esquecido até o final desse mês, já que Homem de Ferro quando este estrear fará todos os outros pular fora.

Nota: 6.0

Trailer:

quarta-feira, 2 de abril de 2008

A Camisa da Distribuição Setorial...

Existe uma prática comum às editoras brasileiras que é o ato de menosprezar as publicações e das próprias distribuidores em gerar entraves a própria indústria da cultura. O Brasil é um dos países que menos lê (que o diga ler placas), mas ainda assim os preços do mercado editorial são absurdos, como se existisse uma demanda absurda quando na verdade é o contrário.

E no caso de publicações periódicas a coisa é ainda pior. Vide que com o avanço do uso da aviação para transporte não só de carga humana, mas de cargas em si, as editoras ainda aplicam lógicas de distribuição que ao invés de estimular o setor fazem com que muitas revistas que sejam lançadas em janeiro de um ano apareçam em lugares como Manaus quase três meses depois, isso quando aparecem.

Quem ganha com isso? Ninguém, e perde principalmente o fã, aquele que realmente gosta de quadrinhos e perde tempo com esse formato de mídia. Claro que pode pensar, "existem revistas escaneadas hoje em dia", mas nenhuma revista eletrônica é mais agradável ou substitui a versatilidade de uma edição impressa, e para quem coleciona, há uma diferença gritante entre ter um material original e um impresso em casa (no caso de quem realmente imprime o material digital).

O pior é quando a distância é ainda menor e do mesmo jeito a revista não chega, pois ao contrário do pensamento comum, em revistas quando se diz "eixo Rio e São Paulo" não se fala dos estados, mas apenas das Cidades, se você sai da capital dessas corre o sério risco de esperar tanto ou mais do que o morador de outra capital.

Distribuição setorial, no entendimento comum, é o mesmo que barateamento dos custos de logística. Ao invés da editora enviar o material o mais rápido possível para lugares teoricamente mais distantes ou descentralizar a produção (hoje em dia ela poderia abrir ou contratar um parque gráfico em um estado mais distante e mandar os arquivos da impressão online), ela aplica a ordem da sobra, ou seja, ela vende o quanto dá no Eixo e o que sobra manda pro resto, via caminhão ou alternativas mais baratas. Perde ela ao estancar possível evolução do mercado e perde o leitor fiel, que antes não tinha esse problema.

E foi pensando em você, que espera meses com a esperança de ver em sua cidade que desenvolvi esse layout de camisa... Já que não havendo solução, o melhor é encarar a coisa com humor:



O nome da homenageada obviamente foi omitido, mas para um bom entendedor apenas uma distorção basta. Falou só a voz de pato e o depoimento... Se houver interesse, passo para vetor e você pode imprimir para usar em algum evento de quadrinho ou na rua mesmo. =)

BlogBlogs.Com.Br