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segunda-feira, 21 de julho de 2008

[Crítica] Batman: The Dark Knight.

Nota: Esse artigo contém descrições
de situações do filme, ou seja, spoilers,
continuem lendo por conta e risco.


Atualmente o mundo do cinema e o dos quadrinhos possui um novo divisor de águas, ou não. Sempre considerei o filme anterior, Batman Begins, um marco sem comparação do que foi a melhor transposição de um personagem de quadrinhos para o mundo do cinema.

O diretor, Christopher Nolan, simplesmente pegou o que existe de melhor nas aventuras do morcego e inseriu dentro do mundo que criou em Batman Begins, com saudáveis e horripilantes alterações.
Pra começar, Gothan nunca foi uma cidade tao real. Se antes havia um certo lado fantástico no filme anterior, nesse não existe. Nunca um filme de heróis foi tão próximo do mundo real quanto esse, com um certo esforço até é possível acreditar que dinheiro e dedicação tornam tudo aquilo realizável.

Nessa aventura se passaram alguns anos desde que Batman começou a limpar sua cidade dos bandidos que a dominavam. Com a queda dos ganhos e a prisão de diversos mafiosos, além de muitos fracassos, a hegemonia criminosa entra em franco declínio e um dos símbolos dessa nova Gothan se resume na figura altruísta de Harvey Dent, atual namorado/noivo de Rachel Dawes. Por causa dessa queda o desespero dos criminosos chega ao ponto de terem que permitir a um assaltante que este tente dar jeito em tudo. Pena que esse assaltante é o Coringa.

E é esse o enredo básico do filme.

O foco do filme não é apenas "Herói enfrenta bandido. Herói prende bandido.", e sim muito mais profundo. É sobre o que se paga, custos reais. Sobre o quão estamos dispostos a sacrificar em prol de uma causa e o quanto pagaremos quando o sacrifício ocorrer e a diferença entre "eu sei dos riscos" e "agora aconteceu, o que fazer?". Decorre de sanidade e como ser são em um lugar como Gotham, onde as noções de bem e mal não são como água e óleo, mas sim misturados e sólidos que nem, digamos, um lápis e grafite.

A atuação de Ledger é efetivamente digna de um oscar e faz juz a algo que sempre deu certo nas melhores aventuras do Homem-Morcego nos quadrinhos: o enfoque no criminoso. Batman não é o personagem principal no sentido tradicional. Ele está lá, claro, mas o que se percebe é um melhor desenvolvimento da situação em torno do personagem do que do personagem em si. Por esse enfoque e da maneira como se coloca o Coringa, tudo se encaixa perfeitamente bem.

Não há uma atuação ruim, nenhuma.

Bale está atuando perfeitamente bem em todas as três personalidades de Bruce Wayne. Convence quando é o playboy irresponsável que demonstra total desapego a coisas como fidelidade ou empresas de balé. Convence quando força a rouquidão da voz trajado de morcego. E por fim, também convence é o verdadeiro Bruce Wayne, quando está sentado na sala de casa após uma das situações mais traumáticas do filme ou quando dialogando com Alfred.

Os efeitos especiais são um caso a parte. Todo o desenrolar da cena em que o coringa persegue Harvey Dent pelas ruas de Gothan é perfeito. Tudo flui num ritmo alucianante e até os silêncios que existem nas cenas são bem encaixados o que se reflete no público. Batman é um dos poucos filmes que consegue manter os espectadores calados durante toda a exibição, e em um país como o nosso, constatar isso é uma agradável surpresa.

Como acredito que percebeu, não entrei muito em detalhes cena a cena porque não fomento interesse de entregar as cenas do filme, mas vou deixar pontos que soaram como destaque, no meu entender:
- Fazer lápis sumir pode se tornar a mágica do século;
- Hospitais não são muito resistentes;
- Nunca olhe a janela de se escritório distraído;
- Se alguém quiser te dizer a origem de marcas corporais, fuja;
- E daí que não mata?;

Só uma última coisa: todo o desenrolar da cena final foi um sonoro e enorme tapa na mente de Jack Nicholson e Tim Burton. Motivo? Vejam e entendam...

Pontos negativos? Usaram demais um mesmo cenário das ruas. Parece que Gothan se resume a uma enorme avenida e a rua que tem abaixo. E também considerei mal aproveitada a participação do Duas Caras, poderia ter acontecido algo mais e seu desfecho é aberto e ao mesmo tempo fechado, o que vai gerar muita discussão. Entretanto não acredito que tenham feito tanto marketing viral em determinado aspecto para depois descartar o personagem.

Se quer saber mais, aconselho a ver o quanto antes. De preferência em salas com lugar marcado.

Ainda assim minha nota é 10, apenas.

Em tempo, o trailer:



Agradecimentos especiais a um bug do Firefox que ferrou a postagem. =/

domingo, 29 de junho de 2008

[Notícia] Diablo III: Não mais apenas boato.



A quem assim como eu é fã do jogo da Blizard, Diablo, e até hoje joga esporadicamente alguma das duas versões anteriores, é bom preparar o coração e, principalmente, o bolso.

Esses dias foi lançado ainda que de forma "tímida" o site oficial do jogo Diablo III (ou Diablo 3) e eu já tive o prazer de assistir os dois vídeos oficiais. O primeiro vídeo é o trailer do jogo (uma moda atualmente), muito bonito e com a certeza da aparição de personagens clássicos, dando continuidade a história.

Essa é a sinopse (que traduzi do site oficial):


Se passaram duas décadas desde a última vez que as criaturas infernais Diablo, Mefisto e Baal atravessaram o mundo do Santuario, espalhando morte e desolação com o propósito de levar a humanidade a uma cruel escravidão demoníaca. No entanto, a memória daqueles que lutaram face a face contra os exércitos do mal se esvai lentamente e as feridas da alma se escurecem.

Quando Deckard Caín retorna das ruínas da Catedral de Tristán, procurando por sinais do despertar do mal, um cometa caí vindo dos céus e acerta o mesmo lugar por onde Diablo penetrou no mundo. O comete carrega consigo um obscuro preságio, e anuncia a todos os heróis do Santuário que é chegada a hora de defender o mundo dos mortais diante dos dos poderes que emanam dos Infernos Ardentes e agora também contra os anjos caídos do Céu.



Esse é o pano de fundo da nova aventura de Diablo III, e uma boa notícia que já está na introdução é a permanência de Deckard Cain e a certeza que o Bárbaro continua sendo o mesmo (como se mostra durante uma das cenas do trailer de Gameplay), mas envelhecido e muito mais, digamos, respeitoso que antes. E uma classe nova, que mistura de certa forma o Necromante e o Druida, personagens da versão anterior, chamada de Médico-Bruxo (o que acredito que poderia traduzir como Shaman, no caso).

Esse jogo, como era de se esperar, será em 3D, mas mantendo o tradicional ângulo de visão, mas com uma apurada sensível nos gráficos, o que pode significar que os mais fanáticos por Diablo poderão ter a certeza que precisarão dar uma "tunada" em seus computadores para conseguir lidar com toda a beleza do jogo.

Além disso o modo multiplayer, que antes já era divertido, anunciaram uma melhora óbvia e com um foco ainda maior no modo cooperativo. Se Diablo II já era divertido no multiplayer (eu e meu companheiro de blog, PK Ninguém, lembramos disso), imaginem agora em que o mote de quase todo jogo é ter um modo online.

E quando você, por si só, assistir o trailer, se gostar de Diablo como eu gosto vai provavelmente dormir ansioso... Vejam os dois vídeos, primeiro o trailer oficial e depois o vídeo de jogo. Detalhe: o gameplay tem apenas vinte minutos de jogo (claro em modo de teste, ou seja, personagens absurdamente poderosos), mas tem coisas e detalhes que é melhor serem vistos por si só do que simplesmente lidos (e não vou entregá-los).

A qualidade deles não se compara a do site oficial, mas por enquanto o site oficial está muito lento pra carregar, logo, trouxe uma opção em You Tube para que não fiquem de fora. =)

Ei-los:

Diablo III - Cinematic Trailer


Diablo III - Gameplay Trailer


Infelizmente não existe data de estréia, mas me arrisco a dizer que deve acontecer (a divulgação ou a própria) até o Natal desse ano (2008) ou algum evento grande ligado a jogos (provavelmente em época das férias do hemisfério norte, quando se vende mais jogos)... Até lá aproveitem para melhorar suas máquinas.

Eu, por sinal, terei que comprar outra, pois aqui em casa não sou a única pessoa que adora esse jogo.

Minha esposa também curte Diablo, e amou os dois vídeos, para meu "azar"...

O link do site é esse:


Por sinal, todas as imagens desse artigo foram retiradas de lá.

sábado, 3 de maio de 2008

[Crítica] Homem de Ferro.

Iron Man, do Black Sabbath:
essa música toca mais no trailer que no filme.

Ficha do Filme:

Gênero: Ação
Direção: Jon Favreau;
Roteiro: Mark Fergus e Hawk Ostby;
Duração: Aproximadamente 126min.
Data de Estréia: 30/04/2008;
Parte do Elenco:
- Robert Downey Jr., como Tony Stark;
- Terrence Howard, como o militar e amigo Jim Rhodes;
- Jeff Bridges, como o antagonista Obadiah Stane;
- Gwyneth Paltrow, como a Pepper Potts;
Sinopse: A vida do inventor e maior fornecedor de armas do governo americano Tony Stark nunca mais será a mesma depois que ele é atacado e mantido refém por um grupo de rebeldes afegãos. Ferido por estilhaços de granada que se alojam perto de seu coração, Tony recebe a ordem de construir no cativeiro uma devastadora arma, mas, em vez disso, usa suas habilidades para criar uma armadura que permite que ele consiga fugir. Ao retornar aos Estados Unidos, Tony promete dar um novo rumo às Indústrias Stark. Ele passa dias e noites desenvolvendo e aperfeiçoando uma avançada armadura que lhe propiciará uma força sobre-humana. Quando Tony descobre um plano abominável com implicações globais, jura proteger o mundo como sua nova personalidade, o Homem de Ferro.
Classificação: Doze Anos.
Site Oficial:Iron Man Movie
Testemunhas:
- Eu;
- Esposa;
- Cunhado 1;
- Cunhado 2;
Local: Rede de Cinemas Kinoplex, sala 06, poltronas I09 até I13.
Incidentes:
- Nenhum.

Hoje assisti Iron Man.

Existe um indicador do quanto um filme é bom ou ruim quando você mede as reações do público (exceto quando é um filme como Sweeney Todd, onde a publicidade desfavorece o todo), é o silêncio do mesmo. Quando todos ficam calados no cinema em feriado/final de semana de estréia é por dois únicos motivos: é um filme muito ruim ou é um filme muito bom.

Homem de Ferro na minha visão está para a Marvel o que Batman Begins se tornou para a DC, ou seja, um marco. É um ponto de referência que não será de toda forma esquecido onde a bibliografia cinematográfica da Marvel se divide de agora em diante em A.H. (Antes de Homem de Ferro) e DH (Depois de Homem de Ferro).

Existem tantos pontos positivos no filme que é difícil fazer uma crítica que consiga de algum modo tirar o brilho da produção, mas crítica não é apenas falar mal de algo, também é elogiar (ao contrário do que muitos profissionais do ramo fazem). A única coisa ruim do filme é ter poucas cenas de ação, o que pode e espero que seja compensado na seqüência (claro que terá uma), mas pelo menos existem diversas referências no filme que dão a entender que dele sairá uma continuação e uma segunda produção. Torço apenas pro elenco se manter.

Pra começar se você é daqueles fãs que leu as aventuras iniciais do Homem de Ferro, esqueça a história e contenha-se na essência. Trata-se de uma nova origem do personagem, que apesar de parecer algo assustador para fãs mais antigos, é um deleite porque o mais importante é mantido, ou seja, a essência. Não fica algo inovador ou tosco, apenas mudam o cenário para o Oriente Médio.

Destaque positivo para as armaduras. Os efeitos especiais são rápidos o suficiente para não nos permitir perceber a computadorização gráfica. Apesar de saber que ela está lá, em cada cena do herói, tudo transcorre tão bem no telão que não se percebe quando é o Tony Stark fantasiado e quando não é.

A(s) armadura(s) de Homem de Ferro é(são) perfeita(s) e o modo como evolui durante o filme além de proporcionar ótimas risadas ainda faz com que você saia da sala acreditando naquele universo fantástico, uma sensação de "isto é real" muito superior, diga-se de passagem, a de Batman Begins (único filme que reconta origens que pode servir de base de comparação, e que presta, ao ponto de ser lembrado). Tudo que ela faz parece real e possível, fica até aquela sensação de "será que pode ser?" em pessoas que viajem um pouco mais.

A música está bem, mas não é perfeita. Falta rock onde deveria ter mais rock e quando tem as músicas parecem mal encaixadas, fica um ar de corte seco (quando o som é cortado no momento errado da edição) que somente quando assistir pela segunda vez eu saberei se foi impressão ou se é fato... Sim merece ser assistido uma segunda vez.

Outro capítulo a parte, e que merece, é a interpretação de Tony Stark. Robert Downey Jr (foto ao lado esquerdo). acerta em cheio na composição e no viver do personagem, sendo completamente fiel a imagem clássica do herói da Marvel: um, com o perdão da palavra, grande filho da p*ta. Ele consegue ser assustadoramente arrogante e consegue tudo sem perder a coerência com o personagem. Nem mesmo quando é herói o é do modo tradicional. E não parece interpretar Tony Stark, parece que é realmente o próprio encarnado no cinema. Tudo que faltou em Bruce Wayne sobrou em Tony Stark.


O herói mesmo, e o único do filme, é o fiel amigo Jim Rhodes (foto ao lado direito). Um militar amigo de alta patente do Tony e ambos são tão iguais quanto azeite e vinagre. É um personagem que poderia ter sido melhor aproveitado, mas que pelo rumo provavelmente vai utilizar sua armadura de War Machine ao lado do futuro chefe apenas na continuação. Amigo na medida certa e sem soar apenas ser mais um puxa-saco que acompanha as pessoas principais de filmes, esse encargo de "o que estou fazendo aqui" ficou para a Gwyneth Paltrow. E, reitero, fica o gostinho de que Jim Rhodes poderia ter participado como War Machine.

Em tempo, aconselho que vejam o filme até o final e constatem qual o plano real da Marvel para os próximos anos, provavelmente fará uma série de filmes com cada um dos vingadores e um final, com a equipe toda. Se você tem alguma idéia da formação original, ou mesmo nenhuma, vai a dica de qual prevejo que seja a formação dentro do universo atual da Marvel mesclado ao original (e dos filmes que a Marvel anuncia fazer:
- Iron Man: vejam seqüência final e entendam o pensamento da Marvel.
- O Incrível Hulk: dizem boatos que haverá uma participação do Homem de Ferro no filme, se for no nível da aparição especial do anterior deve ser outra *censurado*
- Capitão América: sim, a Marvel fará um filme do Capitão.
- Thor: Também teremos um filme do deus da Marvel.
- Wolverine: preciso dizer porque ele estaria nesse filme?
- Visão: mas esse deve aparecer apenas no filme dos Vingadores.
- Nick Fury: vejam Homem de Ferro. =)

Lembrando que são apenas especulações, logo, se eu acertar vou transformar essas frases em números e apostar na mega-sena...

De qualquer jeito Iron Man é um filme promissor que marca o início mais promissor ainda da própria Marvel entrando de sola no mercado de Hollywood e produzindo ela própria suas histórias ao invés de ceder direitos e permitir que fossem feitas monstruosidades vergonhosas como Hulk, Quarteto (nada)Fantástico, X-Men 3 e Homem-Aranha 3 e o mediano mas sem vida própria Motoqueiro Fantasma (filme de personagem bom mas que ficou sem sal por causa da produtora).

E encerro aqui minha opinião sobre esse grande lançamento que abre a temporada dos filmes que mais espero pro ano. E que venha Batman: The Dark Knight... Meus poucos caraminguás o aguarda... Falo pouco da história em si porque dessa vez ela será melhor saboreada no cinema. Um filme feito pra quem é e pra quem não é fã.

Nota: 9,0.

Veja o Trailer:



Outras curiosidades e sortes que passei:
- Trailer de Hulk;
- Trailer de Narnia;
- Trailer de Indiana Jones.
- Público queto em final de semana de estréia.

Fontes (imagens):
- Google Imagens;
- http://screenrant.com/archives/iron-man-movie-site-updated-1153.html

sábado, 19 de abril de 2008

[Crítica] Jumper


Ficha do Filme:

Gênero: Tortura, Aventura, Ficção;
Duração: 88 min de sofrimento.
Produção: Twentieth Century-Fox Film Corporation, New Regency Pictures, Created By, Hypnotic, Regency Enterprises
Diretor: Doug Liman
Roteiro: David S. Goyer, Jim Uhls, Simon Kinberg, Steven Gould
Alguns do Elenco:
- Hayden Christensen, como Darth Vader Davey;
- Samuel L. Jackson, como Blade Cox;
- Rachel Bilson, como Millie;
- Jamie Bell, Griffin.
Sinopse:
Adolescente que não suporta mais o pai abusivo descobre inesperadamente que possui uma anomalia genética que lhe dá poderes de teletransporte, podendo viajar de um lugar para o outro apenas com o poder da mente. Assim ele usa sua habilidade para procurar o homem que, ele acredita, foi o responsável pela morte de sua mãe. Ocorre que seu dom logo é descoberto por uma agência secreta do governo, que sabe da existência de outro menino com o mesmo poder.
Testemunhas ou vítimas:
- Eu,
- Esposa,
- Pai,
- Irmão;
- Irmã.


Como sempre digo, essa crítica pode conter fatos que ocorram no fílme, logo, se quiser ler até o final o risco não é meu...

Antes de pensar em assistir esse filme nos cinemas, primeiro deve desconsiderar o trailer (colocado no final da crítica). Tudo bem que todos sabemos que trailers são a junção das melhores cenas de um filme ou daquelas que segundo as ditribuidoras podem vir a atrair mais clientes, mas esse é daqueles casos onde quem assistir o trailer vai se descepcionar. Outra dica é que devem deixar seus neurônios em casa ou qualquer tipo de espectativa, no máximo de que assistirão um "Volta ao Mundo em Dez Pulinhos" de Sessão da Tarde, quem sabe assim possa valer a pena o dinheiro investido.

Tudo começa quando Davey Vader é adolecente e entrega a sua candidata a namorada, Millie, uma esfera de neve (aquele brinquedo típico americano de uma bola de vrio transparente com água, uma miniatura dentro e flocos de plástico imitando neve). O amigo, mas não tão amigo, dele - o tradicional valentão da escola dos filmes - pega o brinquedo das mãos da Millie e o joga no lago congelado perto de sei lá aonde (o momento parece ser durante a escola, mas onde exatamente não entendi).

Davey Vader corre até o lago, com a prudência que ele demonstra durante o filme todo, e pega a bola. No mesmo momento o chão de gelo do lago se quebra e ele afunda. Só não vira parte integrante de copo de Whiscky porque no meio do desespero vira um jumper e aparece no meio da escola... Pronto esse é o início do filme, tudo isso com uma narrativa no padrão Peter Parker em Homem-Aranha(s) onde ele diz que sua vida é isso e aquilo e contando de onde começou.

Depois disso mostra como Davey Vader é uma pessoa que vive honestamente de seu dinheiro roubado: assaltando bancos, viajando pelo mundo e vivendo uma vida de rei com dinheiro dos outros, ou seja, não sendo exatamente uma pessoa exemplar. Sua vida é assim até que surge uma organização, traduzida como "Paladinos", com a liderança aparente de um negro de cabelos loiros Cox, interpretado por Samuel L. Jackson (pois isso também não fica claro, apesar de ficar claro sua patente superior, mas fica certo que ele é de algum grupo de pagode nas horas vagas, vide a cor do cabelo), que o persegue e o encontra com tanta facilidade que fica até estranho o filme em si.

A única diferença que existe o tempo todo entre um Jumper e um Paladino é nenhuma. Ambos agem a margem da lei, por sinal, fora dela em grande parte do tempo (assassinato e roubo são crimes) e o filme possui três momentos claros.

Primeiro é a luxúria, que acontece enquanto o Daqvey Vader vive honestamente de sua pilantragem e segue uma rotina de Madri de manhã, Inglaterra a tarde, França ao anoitecer e tomando até um lanchinho na cabeça da Esfinge. É um filme em determinadas partes se assemelha as propagandas de empresas de turismo tipo Stella Barros... Talvez seja no final das contas.

O segundo é constatação de que para Davey ser Vader precisa comer muito feijão com arroz. Isso porque quando o rapaz é descoberto pelos paladinos e recebe a primeira visita de Cox ele toma a atitude mais inteligente que se pode tomar em um filme: procura a família e começa a namorar. Entendam e percebam, desde que sumiu no dia que narrei lá em cima (depois do lago) ele nunca mais volta pra casa, vê a Millie ou qualquer outra coisa. Depois que o Cox invade sua casa a primeira coisa que Davey faz é voltar para a casa do pai e depois começa a namorar com a Millie.

É, enquanto algumas pessoas mais inteligentes costumam dar um tempo nas tramóias até a poeira esfriar, ao invés de sumir por um tempo até que o esqueçam (ele podia vir até para o Brasil, se quisesse) ele acrescenta a seu modo de vida uma mocinha indefesa. Clichê? Que isso... Claro que ele não diz a verdade, pelo menos enquanto não é necessário, e se você imagina que ela vai ser refém no final do filme, você não precisa mais assistir nada.

Nem mesmo quando surge a presença de um Jumper mais velho, Griffin, e diga-se de passagem menos burro, o Davey Anakin, porque Vader veste preto ao invés de aprender algo faz mais cagada. Davey em nenhum momento do filme procura se informar sobre sua condição, nem mesmo quando aparece um outro igual. Se bem que Griffin informa com a mesma boa vontade de um atendente no balcão do INSS.

Vamos aos pontos bons...


Os efeitos especiais valem a pena e são legais, mesmo porque não existe complexidade em teleportar (e não é bem mostrado o ponto de vista do jumper, apenas algo parecido e trêmulo que nem a câmera do Aqui & Agora). Não tem muito que entender, também não tem muito que explicar, tudo que se diz a respeito de Davey aparentemente tem começo-meio-fim, o que não quer dizer que outros elementos não tenham.

É um filme daqueles que você pode sair do cinema gostando e horas depois se questiona do que gostou e no dia seguinte está querendo queimar o ingresso quando se dá conta dos clichês. Vale a pipoca? Só se pagar meia e a meia for menor que R$10,00, incluindo a pipoca e o refrigerante. Se na sua cidade não possui cinema com esse preço, melhor esperar passar na TV.

Resumindo é um filme de início aberto e final ainda mais aberto. Tudo leva a crer que se não tiver uma continuação, provavelmente virá uma série (tem cara e jeito de episódio piloto). Mas não precisa não, é fraco o suficiente do jeito que está e provavelmente será esquecido até o final desse mês, já que Homem de Ferro quando este estrear fará todos os outros pular fora.

Nota: 6.0

Trailer:

quarta-feira, 2 de abril de 2008

A Camisa da Distribuição Setorial...

Existe uma prática comum às editoras brasileiras que é o ato de menosprezar as publicações e das próprias distribuidores em gerar entraves a própria indústria da cultura. O Brasil é um dos países que menos lê (que o diga ler placas), mas ainda assim os preços do mercado editorial são absurdos, como se existisse uma demanda absurda quando na verdade é o contrário.

E no caso de publicações periódicas a coisa é ainda pior. Vide que com o avanço do uso da aviação para transporte não só de carga humana, mas de cargas em si, as editoras ainda aplicam lógicas de distribuição que ao invés de estimular o setor fazem com que muitas revistas que sejam lançadas em janeiro de um ano apareçam em lugares como Manaus quase três meses depois, isso quando aparecem.

Quem ganha com isso? Ninguém, e perde principalmente o fã, aquele que realmente gosta de quadrinhos e perde tempo com esse formato de mídia. Claro que pode pensar, "existem revistas escaneadas hoje em dia", mas nenhuma revista eletrônica é mais agradável ou substitui a versatilidade de uma edição impressa, e para quem coleciona, há uma diferença gritante entre ter um material original e um impresso em casa (no caso de quem realmente imprime o material digital).

O pior é quando a distância é ainda menor e do mesmo jeito a revista não chega, pois ao contrário do pensamento comum, em revistas quando se diz "eixo Rio e São Paulo" não se fala dos estados, mas apenas das Cidades, se você sai da capital dessas corre o sério risco de esperar tanto ou mais do que o morador de outra capital.

Distribuição setorial, no entendimento comum, é o mesmo que barateamento dos custos de logística. Ao invés da editora enviar o material o mais rápido possível para lugares teoricamente mais distantes ou descentralizar a produção (hoje em dia ela poderia abrir ou contratar um parque gráfico em um estado mais distante e mandar os arquivos da impressão online), ela aplica a ordem da sobra, ou seja, ela vende o quanto dá no Eixo e o que sobra manda pro resto, via caminhão ou alternativas mais baratas. Perde ela ao estancar possível evolução do mercado e perde o leitor fiel, que antes não tinha esse problema.

E foi pensando em você, que espera meses com a esperança de ver em sua cidade que desenvolvi esse layout de camisa... Já que não havendo solução, o melhor é encarar a coisa com humor:



O nome da homenageada obviamente foi omitido, mas para um bom entendedor apenas uma distorção basta. Falou só a voz de pato e o depoimento... Se houver interesse, passo para vetor e você pode imprimir para usar em algum evento de quadrinho ou na rua mesmo. =)

sábado, 1 de março de 2008

Trailer do Batman: The Dark Knight, mas em Lego!

A essa altura todos devem ter assistido o trailer do Batman, até nos cinemas brasileiros já deve ter passado, mas poucos devem ter assistido essa versão, feita e, muito bem feita, em lego.

É, lego, aquelas pecinhas de plástico que foram a febre da garotada dos anos 80/90 e que hoje em dia virou aquele brinquedo de adulto, dado o preço das caixas que realmente prestam. =p

Segue primeiro a versão em Lego e depois a original, para quem quiser comparar:

Batman: The Dark Knight, Lego



Batman: The Dark Knight, trailer.


Muito, mas muito bom.

Batman: The Dark Knight estreía nos cinemas brasileiros em 18/07/2008, mas a data ainda pode ser alterada. =p

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

[Crítica] Cloverfield.


Obviamente esse texto contém comentários sobre partes do filme que se não assistiram, podem estragar alguma surpresa... Ou apenas atiçar a curiosidade.

Ficha:
Nome Original:
- Cloverfield
Direção:
- Matt Reeves
Roteiro:
- Drew Goddard
Elenco:
- Michael Stahl-David é Robert Hawkins
- T. J. Miller é Hudson "Hud" Platt (o personagem que filma, diga-se de passagem)
- Jessica Lucas é Lily Ford
- Odette Yustman é Elizabeth "Beth" McIntyre
- Lizzy Caplan é Marlena Diamond
- Mike Vogel é Jason Hawkins
Sinopse:
Cinco jovens novaiorquinos dão uma festa de despedida para um amigo na noite em que um monstro do tamanho de um arranha-céu ataca a cidade. Contado do ponto de vista da câmera de vídeo deles, o filme é um documento de suas tentativas de sobreviver ao mais surreal e aterrorizador evento de suas vidas.
Estréia:
- 08/02/2008 (Brasil)
Onde vi:
- Sala 3 da Rede de Cinemas Kinoplex (Severiano Ribeiro) Tijuca Shopping, Rio de Janeiro - RJ, poltronas H09 até H11
Testemunhas:
- Eu;
- Minha esposa;
- Meu cunhado.
Incidentes:
- Pipoca de graça;
- Silêncio.


Ontem me deparei com minhas próprias expectativas ruins, motivadas por minha péssima e descepcionante experiência com o filme Bruxa de Blair, cuja proposta de fazer um filme sob a perspectiva de quem filma, em primeira pessoa, me descepcionou. Até apelidei o filme de "Monstro de Blair".

Graças a deus de certa forma mordi a língua, ao menos um pouco.

O filme tem um ritmo frenético e o tempo todo há tensão nas cenas, mesmo quando começamos a perceber que o filme está acabando. Convém lembrar que desde o início sabe-se seu final. Mas seu mérito não está na tensão que causa, mas na forma como aquilo te envolve, como aos poucos você vai se sentindo como alguém que está realmente recebendo o relato de algumas pessoas que passaram pela péssima experiência de ver esse monstro.

Tudo começa com uma tela preta avisando que a fita foi encontrada entre os destroços do que antes era o Central Park. Ou seja, já se sabe o que acontece com quem filma. Nesse aspecto não há surpresa, a surpresa é como ocorre e, principalmente, ver como tudo acontece.

Depois começa a introdução da fita, quando Jason e sua namorada Lily decidem fazer uma festa de despedida para o irmão do primeiro, Robert. A festa deveria ser filmada por Jason mas esse passa a responsabilidade para seu amigo Hud, visando poder se divertir e porque não que tomar depoimentos dos amigos de Bob (como é chamado Robert) e sim se divertir. Nesse interim há um início onde aparece Bob e sua namorada Beth marcando uma viagem e do nada corta para a festa.

Durante a própria festa Hud descobre que a fita que está sendo usada na câmera é a mesma onde Robert gravou seus momentos felizes com Beth, explicando porque tudo muda de repente e porque na gravação anterior aparece a data e na posterior não. Hud, no tom mais "nascimento" da palavra é um fanfarrão e de posse da câmera comanda os momentos mais hilários da fita.

Por sinal, esse é um dos pontos, digamos, "fracos" (aspas propositais), da fita: apesar de tentar colocar sentimentos no filme, o diretor não consegue nos envolver tanto com tudo porque o próprio marketing viral se volta contra. Pois como o tempo todo esperamos algo súbito, fica-se tão alerta na cadeira que não dá para deixar-se envolver com o lado "veja o que ficou pra trás" de antes de tudo acontecer.

Provavelmente isso só acontece quando se vê uma segunda vez o filme, pois apesar de tudo que mostra, quase vinte minutos ou mais da produção, não consegui me envolver e nem mesmo minha esposa, que é emotiva em cinemas, chegou a deixar cair uma lágrima, ou seja, a tensão foi maior que qualquer coisa.

No ápice da festa, após uma conversa entre Robert, Hud e Jason, o que está de partida decide que vai conversar com sua amada antes de partir. É quando acontece o tradicional clichê do "você não vai conseguir", depois disso cabeças voam e a guerra começa.

É impressionante o modo como nos envolve e você até determinado momento chega a se misturar com a película, vendo perigos em cada esquina e a morte rondando a tudo e a todos até o final anunciado no início da fita, que ocorre de modo súbito, e com um pouco de sentimentalismo, mas que fica para trás. Claro, chega-se a torcer e aparentemente uma pessoa escapa, mas não fica certo isso, e lógico que não direi quem.

Depois o filme acaba e consta a lenda que depois dos intermináveis créditos existe uma propaganda do próximo filme... E que não tive paciência de esperar, apesar de ter tentado. Claro, considerando que quem produziu criou Lost, não é surpreendente. Mas algumas coisas são respondidas e outras não:
- O monstro aparece, e assusta.
- O monstro não está só.
- Não explica de onde veio nem nada.

Se vale a pena assistir? Vale. De modo algum lembra Bruxa de Blair exceto nos minutos finais, quando existe a fatídica cena da menina pedindo socorro chorando e escorrendo ranho pelo nariz. Eu quase gargalhei quando identifiquei a cena no cinema (e tinham me dito que não tinha nada parecido).

Uma curiosidade é que no final, quando sobem os créditos, toca uma música que me lembra os filmes japoneses de Godzilla (apenas os japoneses). Seria referência ao caminho que o montro de cloverfield está rumando? Tomara... Pelo menos imagino um embate entre Godzilla e essa criatura, mesmo que seja apenas esperança. =)

Você não?

Nota? Acho que um 8,0 está de bom tamanho.

Ele peca por ser mais um filme-seriado, onde respostas surgem para criarem dúvidas que serão sanadas nas seqüências e por aí vai...

Para quem não viu, eis o trailer:


domingo, 10 de fevereiro de 2008

[Cinema] Sweeney Todd - Vi e Gostei.


Apesar de tudo que escrevi no Pensamentos Equivocados, gostei do filme, e se não leu ainda, leia.

É um filme consistente, como sempre bem dirigido (Tim Burton é fantástico, disso não tenho dúvidas apesar de algumas ressalvas), mas não é uma obra prima. Peca em determinados momentos como se eu8 sentisse algo estranho, a falta de algo, mas considerando que é baseado em uma peça de teatro, por sinal, um musical, não estranho a falta de elementos, mas não deixo de sentí-las. Incomoda? Não.

Ficha:
Nome: Sweeney Todd:
O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (ano 2007)

Nome Original: SWEENEY TODD - The Demon Barber of Fleet Street
Página oficial: http://www.sweeneytoddmovie.com/
Direção: Tim Burton

Adaptado do musical: Stephen Sondheim

Elenco (os mais famosos apenas):
  • Johnny Depp (Sweeney Todd)
  • Helena Bonham Carter (Mrs. Lovett)
  • Alan Rickman (Juiz Turpin)
  • Timothy Spall (Beadle Bamford)

  • Agora uma ressalva: Se reconhecem os nomes e os associam com Harry Potter e Piratas do Caribe, ou mesmo com Batman, esqueçam. Primeiro, é um musical, segundo não tem nem de perto a temática dos filmes que citei, se houver em comum - e apenas no caso de Batman. - a atmosfera mórbida, para por aí. Não assistam ou levem filhos, vão se arrepender se não se informarem muito bem antes.

    Deste ponto em diante contém além de opinião, informações sobre o filme que podem de certa forma estragar a surpresa. Se ainda assim quiser arriscar, sinta-se bem vindo, senão, escolha outro artigo e divirta-se.

    O filme possui duas tramas, uma delas é a vingança de Sweeney Todd, e a outra é a libertação de sua filha, que está nas mãos cruéis do mesmo homem que destruiu a vida e casamento do barbeiro. Começa bem, com o barbeiro sendo reconduzido a Londres depois de muito tempo de exílio (ou algo assim) por um jovem marinheiro que depois também se torna personagem da trama secundária.

    Depois de encontrar-se com a que seria sua companheira durante o filme, a Sra. Lovett, ele inicia sua vingança matando uma pessoa que o reconhece, e depois disso tem a idéia de fazer tortas até o desenrolar previsível do filme, onde apenas escapam vivos o marinheiro a filha de Todd e o garotinho principal. Todos os demais ou morrem e viram tortas ou apenas viram tortas.

    Para quem gosta de musicais, filmes no caso, é muito bom. E até para quem não curte também é. Ele nao exagera na dose forçando diálogos musicados o tempo todo, na verdade até evita e existem cenas inteiras sem nenhuma canção e até personagens que cantam pouco. Por sinal, percebe-se uma coisa interessante: a canção é resultado do humor dos personagens e não de seus atos.


    Não entendeu?

    O personagem não canta porque tem que estar cantando, como se cantar fosse algo coloquial e todo mundo fizesse. Canta quando há momento para isso, e você até percebe isso porque Tim Burton conseguiu colocar isso muito bem e de forma que você não se sente incomodado quando canções começam ou terminam, sente elas como parte do contexto e não como algo forçado. E isso faz uma enorme diferença.

    Outra coisa que reparei é que Tim Burton mais uma vez utilizou e manipulou os efeitos especiais de forma a conseguir tornar a censura mais branda, e tudo isso apenas mudando a pigmentação do sangue. E há muito sangue, por sinal, em determinados pontos não fosse essa coloração o filme teria se tornado pior que muito filme de terror, principalmente porque lida com uma situação menos ficcional que outros: é um barbeiro degolando.

    O sangue é vermelho claro, arrisco dizer que é quase rosa e caricato. O sangue esguicha, voa, acerta a câmera, as pessoas padecem tudo de modo tão, digamos, "ridículo" que ameniza de alguma forma. A parte mais violenta, no meu ver, é quando Todd pega uma pessoa - cujo nome omito. - e a espanca até a quase morte usando uma tina/panela ou algo assim (problemas citados no Pensamentos Equivocados me impediram de ver direito a cena).

    A trama se desenrola bem e não se arrasta. A parte da loja cheia de pessoas comendo as tortas com "tempero especial" é nojenta pelo modo como é mostrada, mas não contém nada inapropriado. O mais engraçado é quando Sra. Lovett canta sobre o que planeja ao futuro, eu ao menos gargalhei muito em determinados pontos.

    O final é previsível, dado o tema, e ninguém da trama principal se safa. Há uma quase surpresa no final que descepciona mais as pessoas que torcem por finais felizes e o final feliz que existe não é mostrado propositalmente. Quem está acostumado com finais completos até estranha, mas considerando que o tema principal é Todd e não o resto, fica mais fácil aceitar ou engolir.

    Um musical bom, não peca por exagero e tem o traço visual que é característico de Tim Burton, até mesmo um de seus tradicionais bonecos (quem assiste aos filmes dele sabe que ele sempre coloca um) aparecem, mas de modo sucinto.

    Vale a pena se ver, mas não esperem mais do que um musical mórbido. Mas se procuram por algo mais tradicional e menos inovador, escolham o filme Monstro de Blair, que estreou também esses dias.

    E é um filme do tipo "amor ou ódio", ou você vai adorar ou vai odiar a ponto de abandonar a sala de projeção, como vi acontecer. E aconselho ter estômago, porque se for alguém que assiste o filme de forma que mistura com sua realidade, nunca mais irá ao barbeiro.

    Se tivesse que dar uma nota, daria um 8,5. =D

    terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

    [Cinema] Trailer do Filme do Homem de Ferro.



    Comentários:
    A qualidade gráfica do trailer está muito boa, mas sinto falta de uma coisa: história.

    Até o momento a única certeza que tenho é que teremos um dia das crianças com muitos bonecos das mais variadas armaduras do Homem-de-Ferro.

    Papais e mamães, preparem seus bolsos! \o/!

    sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

    Adeus Beto Carrero. =/



    É.....................

    Com pesar e uma estranheza que publico esse artigo... Para quem como eu quando criança um dia cantou a musiquinha do Beto Carrero ou sempre quis ir no Parque Beto Carrero, já era.

    Ele faleceu nas primeiras horas de hoje, durante uma cirurgia cardíaca, conforme li nos jornais...

    Deixa uma história de sucesso e sendo o único brasileiro a conseguir fazer um projeto de parque temático de sucesso e que ao partir deixa sua marca nos anais do entretenimento brasileiro. Lamento muito mesmo, pois esse ano planejava viajar para o parque e agora ficou meio chateado de noticiar isso.

    Sei que todo mundo morre um dia, mas é triste quando uma de nossas marcas da infância parte de forma tão brusca... =(

    Vai com Deus, cavalgar nas estrelas do céu... =/

    Fonte: O Globo.

    sábado, 12 de janeiro de 2008

    [Notícia] Americanos vão boicotar Homem-Aranha.

    É.


    Depois de tudo que aconteceu em One More Day, os fãs do aracnídeo e algumas lojas entraram num consenso para organizar um grande boicote a revista do ex-amigão da vizinhança depois que Joe "M" Quesada, o Mister M dos quadrinhos fez desaparecer quase vinte anos da cronologia do Homem-Aranha e fazer com que um dos acontecimentos mais marcantes de Civil War se tornasse uma piada.

    O boicote não vai ser simplesmente "parar de comprar e fazer piquete" os fãs planejam atingir fundo o grande mote da história - o término do casamento de Peter e MJ. - passando a comprar a revista da filha do Homem-Aranha, SpiderGirl.

    Spidergirl, para quem nunca teve contato, é uma história que se passa num universo alternativo dos futuros alternativos da Marvel onde o Peter Parker se aposenta e sua filha May Parker (aquela que desapareceu alguns anos atrás, para quem acompanha gibis... e para quem não sabe: sim, Peter é pai) assume o manto da Aranha e seu legado.

    Tal situação já chegou ao ponto da Marvel começar a temer pelo futuro (aparentemente) de seu editor e outros estarem surgindo para compartilhar da culpa pela cagadabesteira. Tal temor se justifica quando pipocam pela internet opiniões de repúdio ao que aconteceu, dado que o amigão da vizinhança é um personagem querido e a série de coisas estranhas que vem acontecendo nos últimos meses só aumentou a frustração que existe em todos. E a ironia disso é que o público brasileiro, sejam em comunidades de Orkut ou mesmo portais do meio, já reclama há muito tempo de uma falta de compromisso da Marvel em zelar por seu ícone.

    Agora, um resumão beeeeeeem simplificado do que acontece em One More Day, ao menos da trama principal:

    Peter Parker revelou sua identidade ao público em Civil War, e em detrimento dessa identificação sua família acaba sendo alvo possível de atentados até que finalmente sua tia May McCloud (a imortal) toma um tiro. A velha parece que vai realmente bater as botas Peter Parker começa sua caminhada em busca da cura para o tiro de sua tia. Procura e recebe negativas as mais inusitadas possíveis como a do Doutor Estranho, o mago MAIS PODEROSO da editora dizendo que não pode curá-la - Ele pode surrar o Hulk, rasgar dimensões como se fosse papel, surrar o Thanos, fazer magia que afete a todos, controlar a loucura da Wanda, tudo isso ao mesmo tempo... Mas não pode curar um simples ferimento a bala. - e finalmente decide apelar para alguém inusitado, um tal de Mefisto.

    O demôonio-mor da Marvel propõe a Peter que em troca da cura de sua tia, quer seu amor por MJ e tudo que estiver relacionado. Peter e Mj discutem, e sem consultar a parte interessada, decidem que querem o fim de seu relacionamento. No final trocam um último beijo e pronto! Toda a cronologia do Aranha é destruída! Anos de histórias interessantes, e outras nem tanto, simplesmente não aconteceram! Sabe tudo que você sabia do Homem-Aranha desde que MJ soube que ele era o Aranha? Não aconteceu! Pegadinha do Quesada!

    Foi, sem sombra de dúvidas um dos maiores e piores desrespeitos que público sofreu até hoje. Não foi algo como as Crises Infinitas da DC, onde determinadas coisas dos passados dos heróis são adaptadas ao presente (para tornar as coisas mais atuais) mas a essência muda. Não. Mudaram simplesmente a essência de todo o personagem sob a justificativa que o Quesada preferia o Peter solteiro. Se ele queria uma "volta ao passado", porque não o matou simplesmente e deixou apenas a versão Ultimate existindo?

    Fica a questão e a revolta de mais uma pessoa que se decepciona dia a dia com o que fazem a esse personagem... Mas um profundo alívio por ter parado de comprar gibis do Homem-Aranha desde a Saga do Clone...

    Penso em fazer uma petição/campanha para tornar Peter Parker personagem bíblico, dada a quantidade de penitências que paga só por tentar ajudar a vizinhança. =/

    Fontes:
    Omelete: Aqui e Aqui.
    F.A.R.R.A.

    BlogBlogs.Com.Br